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Vida

Tenho 54 anos, nasci em Moçambique, filho de portugueses que foram viver para a então colónia portuguesa e que regressaram a Portugal, tal como muitos portugueses, em virtude da guerra.

As minhas primeiras memórias são o sabor da papaia e umas escadas algures em Maputo — cidade onde só voltei exatamente 50 anos depois.

Vim muito novo para Portugal, passei brevemente pelo Porto e cresci até aos 18 anos em Ílhavo e Aveiro. Aos 19 anos, mudei-me para Lisboa, onde vivi durante 30 anos. Em 2020, em plena pandemia, mudei-me para Sesimbra, mais precisamente para a Lagoa de Albufeira — perto do mar, como sempre quis.

Gosto de sentir que já vivi no Norte e no Sul, juntando a isso raízes familiares na Beira Alta e uma paixão pelo Alentejo, onde passei quase todas as férias que fiz em Portugal. É mágico. Pelo meio, vivi dois anos em Madrid, mesmo junto à Gran Vía — uma experiência fantástica numa cultura próxima, mas distinta da nossa.

Fotos dos locais onde vivi

 

Identidade

Costumo dizer que sou liberal, ecologista e minimalista.

Sou liberal porque acredito que cada um deve ter o controlo das suas opções de vida. A liberdade individual é a base que permite a cada pessoa perseguir os seus próprios objetivos. Quando vivemos numa sociedade que nos limita constantemente, aproximamo-nos do autoritarismo. Não gosto que alguém queira pensar ou decidir por mim.

Sou ecologista porque quero que a humanidade encontre equilíbrio com os ecossistemas que a rodeiam. É um sinal do nosso subdesenvolvimento. Mas acredito que as novas gerações vão mudar o paradigma da presença humana na Terra.

Sou minimalista porque percebi que, quanto mais simples forem as coisas, menos pressão exercem sobre nós. A simplicidade é, para mim, uma forma de desprendimento que conduz a maior bem-estar.Quando encaro problemas, gosto de lembrar que existem entre 100 mil e 200 mil milhões de galáxias no universo observável. Relativizar ajuda-nos a libertar a mente e a focar na felicidade e no bem-estar — o nosso e o dos que nos rodeiam.

Em visita à Assembleia da República. Foto: Junior de Vecchi

 

 

Competências

Estudei até aos 18 anos em Aveiro e, aos 19, vim para Lisboa estudar Economia.

Com múltiplos interesses e fascinado pelo mundo à minha volta, considerei o curso de Economia pouco dinâmico face aos estímulos que me pareciam mais relevantes para o meu desenvolvimento pessoal. Acabei por não o concluir. Mais tarde, regressei à universidade para estudar Comunicação e Marketing, já depois de vários anos a trabalhar na área da comunicação, que me levaram a ser reconhecido pelos meus pares como "Personalidade de Comunicação" em 2007.

Paralelamente, desenvolvi investigação, por interesse profissional, que culminou na publicação de um livro em 2004 sobre Gestão de Patrocínios — resultado de várias conferências e seminários em Londres, uma referência na área nos anos 90, quando o tema começava a ganhar relevância na comunicação de marcas. O livro foca-se no ponto de vista dos promotores de projetos e eventos. Um segundo livro, dedicado à perspetiva das marcas, ficou por escrever — embora esse tenha sido, na prática, o meu trabalho durante mais de uma década.

Como autodidata, desenvolvi também competências informáticas desde muito jovem: aos 15 anos já programava em BASIC num ZX Spectrum 48k. Nunca abandonei essa área, que ao longo da vida se tornou presente em tudo o que faço — pessoal e profissionalmente. Ter vivido antes dos telemóveis e da internet e ter assistido a toda esta transformação faz parte da minha memória de aprendizagem e de adaptação à mudança.

Prémio "Personalidade de Comunicação" em 2007.

 

Empresário

Sempre trabalhei em PMEs criadas por mim, em áreas como comunicação de marcas, organização de eventos, gestão de comunicação online e e-commerce. O meu percurso foi essencialmente em Portugal, com exceção de dois anos em que vivi em Madrid.

Atualmente, dirijo uma empresa de comércio eletrónico com atividade em vários países da Europa e presto também serviços de gestão de projetos de e-commerce a alguns clientes. Experimentei diferentes áreas e acredito que isso me deu uma visão transversal da realidade empresarial.

Na área da comunicação, colaborei com grandes empresas portuguesas, o que me permitiu conhecer por dentro o mundo corporativo e as dinâmicas das grandes marcas. Trabalhei também com PME, em projetos mais pequenos, especialmente focados na presença digital e no comércio eletrónico.

Entre os vários projetos que desenvolvi, destaco a CowParade, uma exposição internacional de arte pública com vacas em tamanho real espalhadas pelas ruas das cidades, que envolve artistas, marcas e sociedade cívil. Organizei-a em Lisboa e Madrid — foi uma das experiências mais multidisciplinares da minha vida profissional.

Na inauguração de um projeto empresarial pessoal em Madrid, com apresenção do Alcalde de Madrid - Alberto Ruiz-Gallardón e do Vice-Presidente do Parlamento Europeu - Alejo Vidal-Quadras Rocha

 

 

Política

O meu envolvimento político começou na universidade, através do associativismo estudantil. Fui presidente da Associação de Estudantes da minha faculdade e participei em diferentes órgãos e organizações académicas.

Essa vivência deu-me uma noção muito clara das relações de força entre ideologias políticas, mesmo num contexto académico. Sempre fui independente, e por isso observei com atenção — e alguma estranheza — as formas como os partidos influenciavam a vida universitária. Aprendi a importância das regras, dos estatutos e do funcionamento institucional como garantias de participação democrática. Vivi intensamente os tempos conturbados do início dos anos 90 e participei em inúmeras iniciativas académicas. Essa fase não foi suficiente para me fixar na política. Valorizava — como ainda valorizo, mesmo sendo filiado — a minha independência de opinião.

Foi apenas aos 48 anos que o surgimento de um partido com matriz liberal em Portugal despertou novamente o meu interesse. Fui conselheiro nacional durante três anos e candidato à liderança. Saí quando, numa revisão estatutária, foi impedida a apresentação de propostas de alteração na especialidade — uma violação inaceitável dos princípios democráticos. A partir daí, refleti sobre a necessidade de um projeto liberal com enfoque social — o liberalismo social — que tantos bons resultados deu em vários países europeus. Trabalhei durante um ano nesse objetivo, que culminou na fundação do Partido Liberal Social, a 11 de março de 2025. Sou hoje o seu presidente.

Participações televisivas nas Legislativas 2025 pelo Partido Liberal Social.

 

Emoções

Ao longo da vida participei em diversos projetos culturais. Em 1994, com 23 anos, organizei uma exposição de fotografia subaquática na Reitoria da Universidade Nova, no Príncipe Real, no âmbito da Lisboa Capital Europeia da Cultura.

Foi um projeto vibrante, que me abriu a muitas áreas e temas que marcaram o meu futuro. Mais tarde, colaborei com uma artista de dança contemporânea no projeto Mergulho no Futuro, inserido na Expo 98.Tive também envolvimento na área da moda, apoiando o desenvolvimento de um estilista português pioneiro nos anos 90, com quem cheguei a abrir uma loja no Bairro Alto.

Organizei várias exposições culturais e educacionais em Portugal e Espanha. A mais marcante foi a CowParade 2006 — incrível como uma vaca de fibra de vidro, pintada por um artista, pode oferecer o melhor sorriso e a melhor reflexão do dia. Musicalmente, sempre fui fascinado pela eletrónica. Vivi o nascimento da música house, da rádio XFM — uma rádio de culto no passado lisboeta — e de tantas outras ondas que ainda hoje me acompanham. Ainda assim, sou eclético: ouço de tudo, conforme o estado de espírito.Viajar sempre foi um prazer. Fiz dois inter-rail nos anos 90, numa altura em que ir para o Leste ainda era uma verdadeira aventura. Mais tarde, viajei de avião por quase toda a Europa, além de África, Brasil e Estados Unidos.

Uma vaca artística da CowParade Lisboa, projeto que organizei em Lisboa e em Madrid.

 

 

Futuro

Como dizem os mais velhos, o que é mesmo preciso é saúde. Com saúde, tudo se pode.

Assim sendo, o que desejo para o futuro é precisamente isso: saúde, e a possibilidade de dar o meu contributo para um Portugal mais moderno, mais livre e mais justo — um país que volte a ser inovador, como já o foi noutras épocas em que mereceu o reconhecimento do mundo.

Não me conformo com inevitabilidades.

É por isso que aqui estou, como candidato à Presidência da República.

Um foto feita por mim no dia de ano novo na Lagoa de Albufeira onde resido, da lagoa para o mar, sem filtros nem efeitos, tal como eu gosto da vida.

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